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Reunião:
José Neres de Oliveira
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Coordenador:

“Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria.” (2Cor 9, 7) 

Nos tempos do Antigo Testamento, a Lei de Moisés prescrevia o pagamento obrigatório de 10% dos rendimentos do fiel (pagos na forma de bens e mantimentos, principalmente produtos agrícolas) para manter a tribo de Levi e os sacerdotes, responsáveis pela manutenção do Tabernáculo e depois do Templo, já que eles não podiam possuir heranças e territórios. Esses mantimentos eram também usados para assistir aos órfãos, viúvas e pobres em suas necessidades. Depois da destruição do Templo (no ano 70 dC), a classe sacerdotal e os sacrifícios cessaram, e os rabinos passaram a recomendar que os judeus prestassem auxílio aos mais necessitados.

 

Por ser Cristo o Supremo Sacerdote, consumou o sacerdócio levítico com todas as suas leis, dízimos e costumes, como esclarece o Apóstolo São Paulo na Carta aos Hebreus (Hb 7,1-28): "Com efeito, mudado o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei" (Hebr 7, 12). Mais adiante, o mesmo santo Apóstolo arremata: "Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade" (Hb 7,18).

 

Hoje, o dízimo é uma doação regular e proporcional aos rendimentos do fiel, que todo batizado deve assumir. É uma forma concreta que o cristão tem para manifestar a sua fé em Deus e o seu amor ao próximo, pois é por meio dele que a Igreja se mantém em atividade, sustenta seus trabalhos de evangelização e realiza muitíssimas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos. Pelo dízimo, podemos viver as três virtudes mais importantes para todo cristão: a fé, a esperança e o amor-caridade, que nos levam mais perto de Deus. O dízimo é um compromisso. Representa a nossa vontade de colaborar, de verdade, com o Projeto Divino neste mundo. 

 

A palavra “dízimo” significa “décima parte”, e a sua origem está nos 10% que os judeus davam de tudo o que colhiam da terra com o seu trabalho. Também hoje todos são convidados a oferecer, de fato, a décima parte daquilo que ganham, mas isso não é um preceito: ninguém é obrigado e ninguém deve ser constrangido a fazê-lo. O importante é entender que o dízimo não é esmola. Deus, que jamais nos priva da nossa liberdade, merece a doação feita com alegria. - O que é doado de boa vontade faz bem a quem dá e a quem recebe!


O que é Pastoral do Dízimo?

Cada pessoa deve definir livremente, sem tristeza nem constrangimento, qual percentual dos seus ganhos irá separar para o dízimo. Como visto, a Igreja não exige a doação de 10% de tudo o que você ganha. Porém, para ser considerado dízimo, é preciso que seja realmente um percentual, isto é, uma porcentagem dos seus ganhos, sendo no mínimo 1%. Se alguém ganha R$ 1.000,00 e oferece R$ 10,00, isto ainda pode ser considerado dízimo. Menos do que isso, porém, seria uma oferta.

 

A experiência pastoral comprova: aqueles que, confiantes na Providência Divina, optaram pelo dízimo integral, isto é, pela doação dos 10% de tudo o que ganham, não se arrependeram nem sentiram falta em seus orçamentos: ao contrário, muitos dizimistas dão o seu testemunho: depois que passaram a contribuir com a Igreja e a comunidade dessa maneira, passaram a se sentir especialmente abençoados: Deus não desampara os que nele confiam.

 

Mas isso não quer dizer que devemos dar o dízimo esperando "ganhar em dobro", nem receber algo em troca, como se pudéssemos barganhar com Deus. Aqueles que ensinam tais coisas nada entendem de cristianismo, não compreendem o contexto bíblico e menos ainda o significado de partilha, tão presente na Igreja primitiva. 

Jesus Cristo diz que há mais bem-aventurança em dar do que em receber (At 20, 35). Dar pensando no que se receberá de volta, portanto, não é dar, é negociar, é trocar, é barganhar. Só é possível dar, no sentido cristão, quando não se espera nada em troca.

A entrega do dízimo normalmente é mensal, porque a maioria das pessoas recebe salário todo mês. Já os que recebem semanalmente, por exemplo, podem combinar de entregá-lo uma vez por semana. O importante é saber que o dízimo deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que se recebem os ganhos regulares.

 

Já as ofertas são doações espontâneas, com as quais o fiel também pode e deve participar da vida em comunidade, mas nesse caso não existe a regularidade, como no caso do dízimo. - Você pode e deve doar na hora do ofertório, durante as Missas, ou fazer depósitos nas caixas de coleta, mas não se trata de um compromisso fixo assumido com Deus, e sim de uma manifestação de amor e de confiança.

 

Cada vez mais católicos se conscientizam da importância do dízimo e das ofertas. É bom encontrar as igrejas limpas, bem equipadas, com tudo funcionando bem... Mas, infelizmente, muitos se esquecem de que, para isso, todos precisam colaborar! Somos a Família do Senhor, e cada templo da Igreja é uma casa de todos nós. A Igreja conta com o seu desejo de viver em Cristo, de assumir de fato o papel e a missão de ser, junto com seus irmãos de fé, membro de um mesmo Corpo: aceite o chamado de nosso Pai Eterno e diga sim ao compromisso de levar adiante os trabalhos evangelizadores da sua paróquia. 

 

Retirado do site www.ofielcatolico.com.br

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