

Reunião:
Eronides Júnior
Contato:
Dia do encontro
Coordenador:
“Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a Coroa da Justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”
(2Tm 4, 7-8).
Ser crismado é ser missionário!
Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja. Pelos sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia – são lançados os fundamentos de toda vida cristã.
Desde os seus primórdios, a Igreja de Cristo conhece este Sacramento, intimamente ligado ao Batismo, denominado Crisma ou Confirmação.
A Crisma ou Confirmação é o sacramento onde recebemos o Dom do Espírito, para sermos confirmados na fé, para tornarmo-nos membros responsáveis na Comunidade – Igreja, para assumirmos a missão de apóstolos e testemunhas de Cristo no mundo.
"A Confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o Sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada das obras." (CIC §1316).
Enquanto que no Batismo a vida recebida é graça que nos renova e transforma, na Confirmação esta mesma vida é Dom que devemos testemunhar e partilhar. Por isso, o crismado deve estar consciente do seu lugar na Igreja, na comunidade eclesial, e do seu dever de testemunhar o Cristo sendo, como se diz, um soldado do Senhor.
Ser crismado é tornar-se um cristão adulto na fé, um cristão que deixa de ser um católico só “de boca”. O crismado assume sua fé e sabe testemunhar, com palavras e obras, sua adesão a Cristo. É tornar-se um membro responsável e atuante em sua comunidade eclesial. Ele não é “mais um" na Igreja, e sim um leigo que sente, ama, defende e ajuda a Igreja de Jesus Cristo, como sua Igreja.
Ser crismado é tornar-se apóstolo, profeta e missionário de Jesus Cristo. Ele é um sujeito que entendeu que Cristo, os outros, o mundo precisam dele: que disse “sim” ao chamado de Cristo e à missão que ele confiou à sua Igreja.
A Crisma é uma decisão pessoal e uma opção consciente de um cristão, que fortalecido pelos dons do Espírito Santo se torna capaz de cumprir a missão cristã com responsabilidade e coragem.
A Pastoral da Crisma prepara os jovens para receberem a maturidade da vida espiritual, para que sejam capazes de defender a Fé, de vencer as tentações, de procurar a santidade com todas as forças da alma. É o Sacramento ministrado pelo Bispo Diocesano.
Crisma, portanto, é o Sacramento que confere os Dons do Espírito Santo, conduzindo o fiel católico ao caminho da perfeição cristã. Representa como que a passagem da infância para a fase adulta, espiritualmente falando. Nesse sentido é que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. A Crisma é a confirmação do Batismo porque fortalece a Graça que este nos confere: se o Batismo nos imerge no Espírito Santo, a Crisma deve nos tornar “fortes e robustos” no mesmo Espírito, enquanto cristãos e membros do Corpo Místico de Cristo neste mundo, a Santa Igreja.
A palavra Crisma vem do grego e significa Óleo da Unção. O termo, no feminino (a Crisma), refere-se ao Sacramento em si, e no masculino (o crisma), refere-se ao óleo de ungir. Ungir é untar a fronte do crismando com o óleo próprio, em cruz. O óleo usado na cerimônia da Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.
Três passos são necessários à administração da Crisma: a imposição das mãos sobre a cabeça do crismando; a unção com o óleo na fronte; as palavra do Bispo: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus”, ao que o crismando responde: “Amém”.
É o Bispo quem ministra o Sacramento da Crisma, mas em sua ausência pode delegar essa missão a um padre. Durante a celebração, o Bispo suplica os Dons do Espírito Santo na seguinte oração:
“Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo destes uma vida nova a estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do Espírito do vosso temor.”
Quem pode receber a Confirmação?
Todo batizado pode receber este Sacramento (Cân. 889, §1) uma vez. Para recebê-la licitamente é necessário estar devidamente preparado, disposto e em condições de renovar as promessas do Batismo (Cân. 889, §2). Como regra geral, a idade mínima é de 14 anos. O candidato à Confirmação deve professar a fé, estar em estado de graça (confessar antes), ter a intenção de receber o Sacramento e estar preparado para ser discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nas ocupações temporais (CIC §1319).
Padrinho/Madrinha:
Não podem ser os pais do crismando (Cân. 893 e 874). Precisa ser católico, confirmado, ter recebido o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e estar disposto a orientar sua vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir (Cân. 874, §1). Precisa ter dezesseis anos completos, a não ser que outra idade seja determinada pelo Bispo diocesano (Cân. 874, §1). É desaconselhável escolher como padrinho o esposo(a), namorado(a) ou noivo(a). Alguém de outra religião pode ser admitido como testemunha da confirmação, ao lado de um padrinho católico.
Preparação:
Após a primeira Eucaristia, o adolescente deve participar de encontros de perseverança e atividades paroquiais próprias para sua idade, dando continuidade ao processo de formação na Fé. Os padrinhos e pais devem acompanhar a formação do crismando, e participar dos encontros e palestras promovidas pela Igreja, sobre temas bíblicos, morais, doutrinários e litúrgicos. É recomendada a leitura dos bons livros católicos que levem à melhor compreensão possível a respeito do grande passo que será dado.
A preparação deve ter a duração de ao menos um ano, com encontros de evangelização e formação na fé, bem como a participação nas celebrações da comunidade.
Retirado do site www.ofielcatolico.com.br