top of page

O Ministério da Acolhida é um elemento constitutivo da evangelização que revela o coração de Jesus cheio de misericórdia e de esperança. Sendo ela uma ação eclesial, o Ministério envolve a todos, pois “a evangelização é obra de todos e a unidade é a força motora de qualquer pastoral.

 

Assim como Deus nos acolheu como filhos pelo batismo e outras graças, devemos acolher os irmãos. Jesus foi o primeiro e grande acolhedor do Novo Testamento, como provam tantos episódios do Evangelho. 

 

É importante manter em mente a quem queremos acolher, pois cada pessoa, inserida num contexto social, mantém a sua individualidade que deve ser respeitada ao ponto de ser considerada o alicerce sobre o qual se constrói a fé, a mensagem de Jesus. O Ministério visa respeitar para evangelizar a índole da pessoa, da sua cultura e do seu contexto sócio político. A História da Igreja primitiva nos mostra como os Apóstolos acolheram, de forma diferenciada, judeus e pagãos, gregos e romanos. Eles souberam inculturar a doutrina em diferentes ambientes. Hoje, nós vivemos num mundo de transformações rápidas e profundas. O nosso modo de acolher deve acompanhar este passo e encontrar estratégicas pastorais diferenciadas e adequadas à diversas situações e centros de decisões que afetam a vida do nosso povo. O Ministério da acolhida deve exercer um carinho especial para com os mais sofredores e os carentes de Deus Libertador.

 

Hospitalidade é Acolhimento, é saber atender/ouvir, responder, personalizar e orientar. O acolhimento é um trabalho interminável e muito dinâmico. Exige persistência, perseverança e criatividade. A Pastoral da Acolhida deve deixar transparecer que os católicos também são pessoas vitoriosas e vencedoras. Passar uma imagem real de que o Catolicismo também aprova a prosperidade, para isso são exigidas Audácia e Coragem, porque Acolher é também ir além do âmbito interno da igreja. Há necessidade de sair, ir a campo, usar a criatividade para atrair e reconquistar os católicos que se afastaram da prática religiosa. Esse é o principal objetivo do Ministério da Acolhida, atrair e conquistar cada vez mais a comunidade, cultivando o sentido de que somos uma grande família.

 

O Ministério da acolhida não se trata de mais um movimento, que eventualmente ficaria na porta da igreja para receber fiéis. Quer-se promover uma mentalidade que perpasse todas as pastorais e empenhe cada fiel no sentido de acolher, com carinho e fé, os irmãos e irmãs. Nem se limitará a receber os que vêm, para lhes dar as boas-vindas e criar em torno deles um ambiente de bem-querer, mas também irá àquelas pessoas que, por uma ou outra razão, não se aproximam de nós. Sentimo-nos impelidos a ir até elas. Nesse sentido, entende-se que evangelizar é acolher. Ninguém nos pode ser estranho ou excluído.

 

O espírito da acolhida deve permear todos os ambientes da Igreja. Privilegiará os afastados e os que mais necessitam de carinho. Precisamos criar um espírito de família. Não de uma família esfacelada e em crise. Aprendemos das Diretrizes da Ação Evangelizadora que a essência da vida cristã é o amor. Por isso entendemos que católico verdadeiramente praticante é quem ama. E amor necessariamente tem nome próprio. Não se ama em geral. São pessoas concretas, que se procuram conhecer, acolher e amar.

 

São João, na sua Primeira Carta, dá a razão mais profunda de amor como essência da vida cristã. Poderíamos apelar para o mandamento de Cristo, que Ele chama de ‘novo’: como o termo mandamento, derivado de mandar, cheira a imposição, o discípulo explicita, na sua Primeira Carta: "Quem ama conhece a Deus" (1 Jo 4, 7). E inverte, para garantir que não exagerou nem se enganou: "Aquele que não ama não conhece a Deus" (1 Jo 4, 8). Isso significa que, quando alguém se professa ateu ou entra em crise de fé, o problema não é intelectual. Não se trata de idéias mal formuladas ou de argumentos racionais insuficientes. Em outras palavras: não é a cabeça que está em crise, mas o coração. Quem não crê em Deus tem o coração vazio: não ama, o que equivale a dizer: não sente e não faz uma experiência de Deus.

 

O próprio João nos dá a razão disso: "Deus é amor" (1 Jo 4,8). Ele não cabe em nossas ideias, que são finitas e tiradas das coisas sensíveis, mas cabe no amor, que é participação de sua natureza. Quem ama, pelo próprio fato de amar, faz uma experiência de Deus. Sente Deus, mesmo que não consiga exprimi-loem conceitos. Por isso tinha, razão Pascal ao refutar os racionalistas de seu tempo. Dizia que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Quem experimenta sabe!

 

O Ministério da Acolhida leva-nos, pois, ao âmago da fé e da vida cristã. Começa em casa, entre os familiares; estende-se aos vizinhos, aos membros da comunidade e vai mais longe, para atingir os irmãos e irmãs de outras confissões religiosas, os afastados, os tristes, os sofredores… É o amor que não tem limites/fronteiras. Por ele somos capazes de dialogar com todas as pessoas e todas as instituições.

 

Retirado do site www.diocesecaratinga.org.br

“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom 15, 7). 

Reunião:
Sávio
Contato:
Dia do encontro
e-mail
Coordenador:
Veja também:
bottom of page